sexta-feira, 12 de junho de 2015

Como o socialismo gramsciano está destruindo a Civilização Ocidental III – O fim da autoridade dos pais



   Ressaltamos em outro artigo aqui neste blog que para os marxistas existe uma luta de classes que perpassa as esferas social e econômica da sociedade. Para os ideologistas da esquerda, a família dita tradicional (homem+mulher+filhos), sendo fruto do sistema capitalista, é também um segmento deste modelo que propaga a submissão de pessoas para o núcleo privado da sociedade (contexto do lar). Em outras palavras, assim como no sistema capitalista, existe um patrão que considera seus empregados como propriedade sua, utilizando-os de maneira a gerar-lhe benefícios (lucros), também no contexto familiar existe a figura paterna equiparada a do patrão que submete os demais entes do lar em “escravos” seus(1). Neste artigo, vamos demonstrar como esse tipo de pensamento está colocando pais contra filhos, emergindo inclusive no poder legislativo a retirada de poder dos pais.
   Conforme a ideologia de esquerda avança na sociedade, emergem junto com esta, formas esdrúxulas de considerar o funcionamento do sistema. Chega-se ao ponto de afirmar que os filhos devem ter condições de decidir por si só a sua forma de viver, sem a interferência daqueles que lhes deram a vida e o sustento, ou seja, os seus pais. Aos poucos, vão se inserindo regras que retiram totalmente o poder dos pais de educar os seus filhos segundo seus próprios métodos. Para se ter uma ideia deste fato, poucos meses atrás, aprovou-se no congresso uma lei que impede os pais de darem “palmadas” para educar seus filhos. Mas a história não termina por aí, além de criminalizar os pais ao utilizarem destes métodos para a educação, nominaram a lei de “Menino Bernardo”, equiparando as palmadas a um assassínio cruel, conforme destacamos aqui neste outro artigo.
   O centro de todo esta imposição não está somente na questão da violência, mas sobretudo na estratégia de se equiparar a autoridade dos filhos à dos pais, dando àqueles a noção de serem proprietários de seus próprios princípios sem a necessidade dos seus pais. Essa questão ainda se alarga para outros aspectos específicos, por exemplo, para implantação da ideologia de gênero no sistema educacional. É de suma importância que os filhos tenham opiniões e tenham autonomia suficiente para dirigir sua vida, e sendo assim, mesmo que seus pais tentem educar seus filhos conforme seus aspectos físicos (educar meninos como meninos e meninas como meninas), estes poderão contrariar essa regra tanto no meio social quanto no familiar.
   Com a perda da autoridade dos pais em educarem seus filhos, estes poderão serem doutrinados da maneira mais permissiva nos meios educacionais. As crianças e os jovens serão instrumentalizados para disseminar as ideologias nefastas do socialismo gramsciano. Durante um Congresso realizado pelo Partido Popular Europeu, em 2006, o Papa Bento XVI deixou muito claro que os valores cristãos da família original, da vida em todas as suas fases e da tutela do direito dos pais em educarem seus filhos são inegociáveis (2). Diante dessa afirmação do Papa Emérito, não restam dúvidas de que todo o cristão que se preze deve lutar constantemente para que os pais não percam sua autoridade paternal perante seus filhos, que na verdade é um dever natural dos mesmos.
   Por fim, deve-se ter sempre em mente que o fim da autoridade dos pais representa o triunfo dos ideais da cultura da morte. Pensemos por exemplo, num pai que descobre o sexo da criança antes do mesmo nascer através de um ultrassom. A partir desse momento, o mesmo irá se preparar para comprar as roupas e arrumar o quartinho de acordo com o sexo. Porém, ao longo da vida estudantil essa criança ficou exposta à ideologia de gênero e os seus professores a ensinaram que seus pais construíram o seu pensamento direcionando-o para que o mesmo fosse de menino ou menina, mas tudo isso por meio de meras construções sociais. Diante disso surgirá uma ideologia que dará à criança a autonomia para escolher um “gênero” diferente daquele que a natureza lhe deu e os seus pais seguiram, e estes por sua vez não poderão ensinar o contrário pois perderam a autoridade sobre os mesmos. Essa incoerência já está muito presente em várias nações e aqui no Brasil chega sorrateiramente.
   Esse foi mais um exemplo da estratégia que está sendo proposta pela cultura da morte. Nos resta apenas lutar com todas as forças para que ainda se mantenha a autoridade paterna, pois quando isso chegar ao seu ponto mais alto, não haverá autoridade possível que restitua a moral que foi perdida pela destruição desse pensamento. As crianças serão doutrinas nas escolas e na sociedade envolta pelo marxismo e os seus pais nada poderão fazer em relação a isso. Rezemos constantemente contra isso.



REFERÊNCIAS
1.FRIEDERICH ENGELS. A origem da família, da propriedade privada e do Estado.
2. BLOG ECCLESIA UNA: Vai votar? conheça os três princípios inegociáveis pelos cristãos na discussão política.

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