terça-feira, 14 de julho de 2015

Para entender os recentes sacrilégios à Cruz de Nosso Senhor Jesus



   Na última semana, um fato bastante preocupante chamou a atenção de boa parte da mídia secular e Católica, embora ambas tivessem uma compreensão muito diversa sobre o assunto. Nos referimos ao “presente” que o líder da nação boliviana, Evo Morales, entregou ao Papa Francisco no último dia 09. Alguns veículos de comunicação, deram a entender que o Sumo Pontífice não aprovou o dito regalo, fato este que pode ser constatado tanto pela sua feição quanto por força de algumas palavras que este teria dito. Não se pode afirmar com certeza qual a posição efetiva do Santo Padre diante disso, mas, comentários à parte, é certo que tal escultura não tem traz em si uma menção simbólica conforme alguns estão dizendo, e sequer foi dado de presente com este fim, e isso é tão claro como a água conforme demonstraremos adiante.
   Em primeiro lugar, todos sabem disso, mas é sempre bom lembrar que não é possível conciliar o cristianismo com o marxismo, pois para este último a religião é o “Ópio do Povo” e portanto, deve ser eliminada pois representa um entrave à Revolução do proletariado. Vale lembrar ainda que para o marxismo, aliados são todos aqueles que estão a favor da revolução, e sendo assim, todos que a prejudicarem devem ser eliminados. Este tipo de pensamento amainou-se ao logo do tempo, diante da classificação de quem seriam os "aliados", foi justamente por este motivo que no passado, muitos homossexuais foram levados em peso aos campos de concentração soviéticos durante a Revolução Russa [1], mas estão sendo hoje, utilizados como massa de manobra pelo movimento esquerdista sob a força de uma propaganda em torno da “igualdade”.
   Este acontecimento do último dia 9, apenas demonstra o grau de avanço que o Comunismo atingiu sobre América Latina, que não respeita sequer o símbolo central da nossa salvação, porém, não se trata de um fato isolado, pois tornou-se moda o abuso dos símbolos cristãos nos últimos tempos. Na última edição da Parada Gay de São Paulo, um transexual nu fez uso da imagem de Jesus Crucificado na passeata, alegando tratar-se de um apelo para “combater a homofobia”[2]. Nos últimos dias, temos acompanhados atônitos, o uso indiscriminado de um aplicativo do facebook que permite colocar sobre as fotos de perfil, as cores do arco-íris em comemoração à legalização da união homoafetiva nos Estados Unidos, além do uso de lemas como “Love Wins” que na tradução significa “O amor Vence” em apoio a este acontecimento. Já explicamos num outro artigo recente aqui deste blog, que se tratam de símbolos cristãos utilizados como meio de agaranhar novos adeptos nos meios confessionais.
   Tratando especificamente do último fato estarrecedor, resta-nos rezar com firmeza tanto pelo nosso Santo Padre quanto pelo povo daquela infeliz nação. A cruz de Cristo, é para nós cristãos o sinal definitivo da salvação e da nossa vocação no seguimento da Boa Nova, e portanto, a sua substituição por qualquer outro símbolo significa alteração de toda o sentido do evangelho. Ao colocar os símbolos do comunismo (martelo e foice) no lugar da cruz, substitui-se o sacrifício salvífico pela revolução sanguinária que dizimou milhares de cristãos e que se expande pelo mundo causando morte do corpo e da alma. Quantos cristãos não são perseguidos diariamente nos países comunistas? Qualquer pessoa que escutasse esta pergunta pensaria que isso é coisa do passado, mas basta se aprofundar na análise dos regimes totalitários da Coreia do Norte que sequer autoriza a entrada de bíblias no país, pois o Governo censura quaisquer obras que não se enquadrem nos seus propósitos ideológicos [3]. Há que se considerar ainda as mudanças que vem sendo inseridas em alguns países como a aprovação do Aborto, graças aos ideais materialistas propostos pelo marxismo “Ocidental”, que também não deixa de ser um assassínio de inocentes.
   Segundo algumas fontes próximas, o tal “presentinho”, foi idealizado por um Padre Jesuíta que viveu na Bolívia na década de 1980, que desejava o “diálogo” de cristãos com o movimento operário em geral, incluindo os marxistas [4]. É possível dialogar com pessoas de mentalidade revolucionária que sequer aceitam os princípios básicos que construíram a nossa sociedade através do cristianismo? Alguns poderiam cair na tentação de acreditar que tal símbolo de fato simboliza a cruz dos cristãos nos dias de hoje, e de fato o é, porém, a cruz tem um sentido ainda mais profundo, que juntamente ao sacrifício requer conversão para a salvação, o contrário do que os marxistas desejam, estes não querem conversão, antes preferem permanecer nos erros de sua ideologia. Este símbolo além de um grande sacrilégio é ao mesmo tempo uma inversão dos valores cristãos (materialismo em oposição ao espiritualismo do Reino), não possuí nada que faça as pessoas meditarem sobre qualquer tipo de diálogo.
   Ninguém impede ou censura que se façam artes deste tipo afinal, todos são livres para fazer o que quiser, porém, este tipo de atitude para os cristãos significa antes de tudo, uma afronta aos seus valores. Jesus dialogava com pecados confessos, prostitutas, cobradores de impostos e adúlteros mas exigia antes de tudo a conversão dos mesmos, mas com os alguns não era possível, pois estes não queriam sair sai do “erro”, e mais, o crucificaram justamente porque queriam calá-lo. Não há como dialogar com pessoas que estão abertas à conversão, e pior, estes procuram induzir os mais incautos aos seus próprios erros a partir de suas ideologias nefastas. Há que se considerar ainda que os métodos de debate com marxistas não se baseiam na busca da verdade, uma vez que para estes não existe verdade, então fica difícil obter qualquer tipo de diálogo.
   Por fim, acrescentamos que não sabemos dizer o que se passa na cabeça do Sumo Pontífice sobre os últimos acontecimentos, porém, devemos ter em mente que ele continua sendo nosso guia aqui na terra e se ele emitiu elogios ao “presentinho” como alguns afirmam, o fez de forma ex cathedra, e portanto, não alterou a doutrina moral da Igreja, e sendo assim, devemos continuar obedecendo a Santa Igreja e respeitá-lo como nosso pastor apesar destas circunstâncias.

REFERÊNCIAS
2.Blog do Padre Paulo Ricardo. Orgulho Gay ou Manipulação
4.Blog Frates in Unum <http://fratresinunum.com/2015/07/13/o-meu-reino-nao-e-deste-mundo/> acesso em 13/07/2015

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