domingo, 11 de dezembro de 2016

Aborto no Brasil: a descriminalização sem lei

Não encontrando apoio popular suficiente para a descriminalização do aborto no Brasil, abriu-se o precedente pela via judicial. O caso brasileiro já pode ser considerado semelhante ao adotado pela Suprema Corte dos Estados Unidos na década de 1970.




   Gostaríamos de pedir desculpas aos nossos caríssimos leitores pelo fato de não termos postado algum artigo aqui neste blog a respeito da recente decisão por via judicial, da descriminalização do aborto até o terceiro mês de gestação no Brasil através da Suprema Corte. Justificamos esta atitude devido à atuação de nossa parte nas redes sociais, manifestando repúdio a tal atitude, bem como no esclarecimento à respeito do aborto em nosso país.
   Diante do fato estarrecedor que sem dúvida nenhuma, deixou a maioria dos brasileiros, temporariamente de mãos atadas, não podemos ter outra atitude senão ainda buscar através dos meios existentes, salvar ainda do que resta de dignidade das crianças indefesas no ventre de suas mães. Incontáveis estratégias foram implementadas ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, para se impor a injusta pena capital aos nossos nascituros. Desde 2010, percebendo a ineficácia de seus esforços mesmo diante do grande volume de recursos despendidos em ONGS pró-aborto e de ativismo legislativo, os promotores da famigerada Cultura da Morte, foram se aperfeiçoando e se tornando cada vez mais inescrupulosos em suas atitudes.
  Em 1973, nos Estados Unidos, legaliza-se o aborto por meio do ativismo judicial desenvolvido naquele país. Da sentença proferida no famoso caso Roe x Wade, evocando-se o direito constitucional à privacidade, abriu-se o precedente necessário para que o aborto durante os 9 meses de gravidez, fosse reconhecido como um direito da mulher. Desde então, o número de procedimentos passou a ser mais freqüente, e nos 20 anos que seguiram da aprovação da referida sentença, houve o incremento de 700% no número de abortos provocados naquele país [1], isto sem contar, o aparato institucional que acabou por ser elaborado pelo Governo, chegando em 2009, com propostas absurdas como o chamado partial-birth abortion, onde já se postula por procedimentos no qual se aplica o aborto da criança de 09 meses, durante o parto.
   No Brasil, um procedimento muito semelhante foi adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso tratava especificamente da revogação de prisão de 5 pessoas que trabalhavam em uma clínica clandestina de abortos em Duque de Caxias [2]. Diante do caso, a primeira turma do STF, decidiu que o aborto até os três meses de gravidez não poderia ser considerado crime. Utilizando-se de argumentos fragilíssimos e principalmente, evocando os chamados Direitos Sexuais e Reprodutivos, que sabidamente foram construídos e disseminados na década de 1990, graças ao financiamento da Fundação Ford, optou-se pela descriminalização do aborto até os três meses, contrariando o artigo 5 da Constituição Federal, que prevê como inviolável o Direito à Vida.
   O povo brasileiro e de modo mais especial, o movimento pró-vida, que se debruça em elucubrações para reforçar cientifica e eticamente o respeito à dignidade da vida humana, percebe nesta decisão uma grande armadilha que irá aos poucos, assim como nos Estados Unidos, abrir as brechas legais para a injusta condenação do nascituros. O mais estarrecedor, sem dúvida alguma, é perceber como a vida humana vem se tornando algo relativo ao definir um momento para o “início” da vida humana. Se até os três meses de gestação ainda não existe vida, isto significa efetivamente que à 00:01 do primeiro dia após os três meses da concepção (lembrando que não se sabe o horário em que o bebê foi concebido, o que torna a questão ainda mais refutável), o aborto torna-se crime, algo que não era nos minutos precedentes. Isto sem dúvida é uma grande relativização da vida humana, algo inadmissível em pleno século XXI, quando a ciência de forma manifesta vem demonstrando estar cada vez mais certa de que a vida tem início com a concepção.
   Não pretende-se neste artigo ater-se aos demais argumentos utilizados pelos juízes para postular pelo interpretação favorável a este crime abominável, pois não existe qualquer justificativa plausível que coloque a vida humana indefesa sob a escolha individual de outrem. Este blog, recebe com muita tristeza tal notícia e reforça a necessidade de ações concretas que os leitores podem tomar diante do atual contexto.
   Existe um projeto de lei, pronto a ser votado na Comissão de Constituição e Justiça. Trata-se do PL 4756-2016, que tipifica como crime de Responsabilidade dos Ministros do STF, a usurpação de competência do Poder Executivo ou Legislativo. Este projeto já esta pronto para ser votado e com toda a certeza, poderá pôr freios em ações manifestamente impositivas como esta última que foi julgada pela Suprema Corte [3]. O leitor poderá entrar em contato com os deputados que compõem a Comissão e pedir que os mesmos votem o PL o quanto antes. Veja aqui o contato os deputados. O leitor deve também assinar uma petição online, solicitando aos Ministros que anulem a decisão proferida aqui. Por fim, como sempre, oração, vigilância e penitência, pois como bem sabemos, o sangue destas crianças inocentes clamam aos céus, e sendo assim, nosso país irá sofrer as conseqüências desta aberração em solo nacional.

REFERÊNCIAS
1.http://www.deuslovult.org/2012/02/07/aborto-amplamente-legalizado-em-proposta-de-alteracao-do-codigo-penal/
2.http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-12-01/decisao-do-stf-sobre-aborto-em-caxias-provoca-polemica.html
3. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2079700



terça-feira, 29 de novembro de 2016

Supremo Tribunal Federal poderá legalizar o aborto (a eugenia) de crianças diagnosticadas com Zika

Saiba o que você pode fazer!!

   
   A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, agendou para o dia 7 de dezembro o julgamento que pode decidir se grávidas infectadas com zika vírus poderão abortar seus filhos sem serem punidas por cometerem crime de aborto. Já havíamos alertado sobre este problema aqui mesmo no blog.
   A legislação brasileira prevê, atualmente, que somente abortos em caso de estupro e de risco à vida da mãe é que podem ser considerados “não puníveis”. Em 2013, contudo, o STF estendeu essa possibilidade às grávidas de filhos anencefálicos. O caso a ser analisado pelo Supremo envolve uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Associação dos Defensores Públicos (Anadep).
   A relatora designada para o caso, ministra Cármen Lúcia, pediu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), do Senado e da Advocacia-Geral da União (AGU) antes de dar prosseguimento à ação. Tanto a PGR quanto o Senado e a AGU apresentaram a opinião de que a Anadep não tem legitimidade para apresentar esse tipo de ação, uma vez que não trata de interesses dos próprios defensores públicos. Porém, enquanto a PGR opinou que, caso o julgamento prossiga, a interrupção da gravidez deve ser permitida em casos de zika, a AGU – em nome da Presidência da República – e o Senado se demonstraram contrários à proposta.

O QUE PODEMOS FAZER?
    Em primeiro lugar e sempre, rezar. Providencialmente, o julgamento do caso ocorrerá um dia antes da festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, ou seja, a solenidade na qual a Igreja recorda e medita a concepção de Maria, livre do pecado original. Pede-se que os fiéis rezem a novena à Imaculada Conceição de Maria, para que este mau não recaia sobre o Brasil.
   Há também necessidade de ação junto aos deputados pró-vida, para que estes se manifestem junto ao STF, sobre o caso. Além disso, você pode divulgar nos e-mails e grupos paroquiais ou de sua igreja a respeito do assunto. Segue abaixo o modelo de envio, o qual deverá ser analisado com as próprias palavras da pessoa que enviar, e os respectivos e-mails. Deus abençoe!!!

Escrevo-lhe este e-mail para pedir a manifestação de V. Exa. para um assunto de extrema importância para toda a sociedade. No próximo dia 7 de dezembro, o STF julgará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN N.º 5581) impetrada pela Associação Nacional de Defensores Públicos (ANADEP). Trata-se de um julgamento muito importante para toda a sociedade brasileira, tendo em vista que trata da legalização do aborto para mães que tenham sido infectadas pelo virus zika. Se aprovado, abrirá sérias brechas para a legalização da prática assassina de crianças ainda no ventre de suas mães. Informo, ainda, que a AGU e o Congresso Nacional emitiram pareceres totalmente contrários à legalização dessa prática imoral e criminosa    É importante ressaltar que esse pedido apresenta uma particularidade que o torna mais grave: no caso da mãe ter sido infectada com o vírus no início da gestação, para se ter certeza de que a criança de fato contraiu o vírus, é necessário que transcorram três meses ou mais de gestação, contudo, no pedido apresentado pela ANADEP, esse período não é levado em conta, pois, conforme o pedido constante da ADIN, a mãe já teria direito ao aborto no exato momento em que fosse diagnosticada com o virus. Esse pedido desconsidera as recentes constatações médicas que reforçam cada vez mais a falta de  relação entre contaminação por vírus zika e nascimentos com microcefalia.    Dessa forma, e sabendo que V. Exa. entende a gravidade da matéria e que já se pronunciou favoravelmente à defesa da vida em outras ocasiões, solicito o obséquio de se manifestar durante esta semana em Plenário para defender a vida e condenar a legalização do aborto em nosso país,conforme propõe a referida ADIN. Cordialmente,

dep.eduardobolsonaro@camara.leg.br, dep.silascamara@camara.leg.br, "Dep. Laerte Bessa" <dep.laertebessa@camara.leg.br>, dep.alanrick@camara.leg.br, dep.diegogarcia@camara.leg.br, dep.evandrogussi@camara.leg.br, dep.flavinho@camara.leg.br, dep.erosbiondini@camara.leg.br, dep.jairbolsonaro@camara.leg.br dep.joaocampos@camara.leg.br, dep.givaldocarimbao@camara.leg.br, dep.joaquimpassarinho@camara.leg.br, dep.luizcarloshauly@camara.leg.

domingo, 20 de novembro de 2016

Os Estados Unidos e o Aborto no mundo

Que conseqüências o resultado da eleição nos Estados Unidos tem sobre o aborto no mundo?


   A acirrada disputa pela Casa Branca fez surgir inúmeros questionamentos sobre diversas políticas até então adotadas pelo Governo da maior potência econômica e política mundial. Apesar da influência econômica daquele país sobre o mundo, alguns debates nas redes sociais brasileiras também levaram em conta questões morais como o aborto. Pergunta-se então, qual a importância desta eleição para os demais países no que condiz à defesa da vida humana desde a sua concepção?
   Ainda que muitos se concentrem apenas nos problemas relacionados aos imigrantes e às relações econômicas e institucionais dos EUA com o resto do mundo, poucos ainda se dão conta da gravidade relacionada à influência daquele país em questões morais ou sociais, especialmente a preservação da vida humana. As maiores fundações promotoras de aborto no mundo, por exemplo, nasceram nos Estados Unidos. A liberdade econômica neste país proporcionou o crescimento rápido da renda em grandes corporações americanas. Estas ao longo de sua história perceberam que poderiam ir além das cifras obtidas da exploração dos meios de produção, e que seriam capazes aumentar sua influência sobre outros aspectos, especialmente no âmbito político.
   No início do século XX, nos Estados Unidos começa-se à difundir entre os dirigentes de corporações milionárias, a necessidade de se fazer algo para o bem da humanidade através do uso de suas fortunas. Isto veio à tona principalmente através de uma obra chamada: O Evangelho da Riqueza, produzida pelo empresário Andrew Carnegie [1], partindo da concepção de que os milionários do seu tempo, haviam recebido uma espécie de missão para cooperação do bem comum, fazendo uso das riquezas até então acumuladas. Nesta época, muitos passaram a dedicar-se à atividade filantrópica, com destaque para a Fundação Rockefeller.
   Com o passar do tempo, estas fundações foram adquirindo uma nova configuração, passando a usar do seu poder econômico para influenciar resultados sociais. Daí decorre a grande preocupação e o apego destas instituições no que concerne ao investimento na área educacional. Sob outro âmbito, as fundações Ford e Rockefeller foram ainda, as mais proeminentes investidoras em termos de métodos contraceptivos e de aborto no mundo inteiro desde a década de 1950. O primeiro impulso para as técnicas de controle populacional mundial, foi dado através da fundação do Conselho Populacional em Williamsburg, Estado de Nova Iorque.
   As fundações também gozaram de certa liberdade no âmbito de suas ações e pouco se questionou a respeito das atividades desenvolvidas durante a maior parte de suas existência, apesar das expressivas subvenções oferecidas pelo Governo, tendo em vista o caráter "social" e "benéfico" resultante de seus projetos. As conseqüências dos trabalhos desenvolvidos pelas fundações foram objeto de algumas investigações dentre as quais destaca-se o relatório Reece, um dos poucos que se debruçou sobre o assunto e que demonstrou alguma preocupação relevante com o poder de influência que estas instituições adquiriram ao longo do tempo.
   Superada a questão das fundações, é fato consumado que durante alguns anos houve certo apoio do Governo americano a atividades ligadas ao controle populacional no mundo inteiro, entre elas o aborto. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), foi responsável pelo desenvolvimento de inúmeros projetos para redução das taxas de natalidade, entre elas destacadamente a esterilização, a contracepção, o aborto e, sobretudo, a difusão do Misoprostrol, uma droga em que as mulheres poderiam provocar o aborto em si mesmas [2]. A USAID foi instituída na década de 1960, durante o Governo de John Kennedy e desde então, vem promovendo diversas ações visando o controle do crescimento populacional a nível global.
   Na década de 1970, o Senador Jesse Helms, compreendendo o teor das atividades anti-vida da USAID no exterior, propôs uma emenda ao Decreto de Ajuda Externa, proibindo o uso de recursos do contribuinte norte-americano para ações de contracepção que incluíssem o aborto [3]. O Presidente Ronald Reagan também contribuiu para que os recursos do Governo deixassem de financiar o aborto no mundo pela aprovação da chamada “Política da Cidade do México”, que esteve em vigor entre 1985 e 1993, revogada por Bill Clinton, promulgada novamente por Bush em 2001, e em 2009, revogada por Barack Obama.
   Uma das maiores promotoras de aborto na história mundial, a Planned Parenthood, que teve entre as suas co-fundadoras, nada menos que Margareth Sanger, a líder feminista, eugenista e proeminente na batalha a favor do aborto seletivo de negros, sobrevive até hoje tendo grande apoio do governo Obama, que por sua vez, já defendeu publicamente o chamado birth-partial abortion, um método abortivo aplicado em bebês com nove meses de gestação. Não foi à toa que ele e sua candidata à sucessão presidencial, comemoraram  o centenário da maior provedora de abortos à nível mundial [4], inclusive algumas notícias dão conta de que a Planned Parenthood, concedeu financiamento expressivo para a campanha de Hillary Clinton à presidência [5].
   Percebe-se portanto, a importância das eleições americanas quando se trata da defesa da vida à nível mundial, e não podemos fechar os nossos olhos à essa realidade. Não estamos com isso firmando apoio ao candidato vencedor, contudo, entre as duas opções, aquela de forma alguma representa a promoção da vida humana tão ameaçada em nossos dias, em seu nível mais frágil, e como o Papa Bento XVI outrora já afirmou, a vida humana é um valor inegociável. God Bless America!!

Se você tem interesse em saber mais sobre o financiamento da cultura da morte, acesse este outro artigo aqui do nosso blog. Deus o abençoe

REFERÊNCIAS
1.http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/um-novoevangelho-da-riqueza-79zo8q4r7vvhucz3ddhfjo0ol
4. http://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/obama-e-hillary-clinton-celebram-o-aborto-mas-pastor-condena-cultura-de-morte.html
5. http://www.acidigital.com/noticias/maior-rede-abortista-do-mundo-precisamos-de-hillary-clinton-na-casa-branca-76614/




terça-feira, 8 de novembro de 2016

Caminhos para superar a doutrinação vilipendiosa no Brasil. Ou:o amordaçamento velado da evangelização

O que é mais predominante no Brasil, a intolerância dos que creêm ou dos que não crêem?


   Como já era esperado, mais uma vez o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aborda um tema bastante controverso na temática da prova de redação. Ano passado, tendo em vista a grande batalha em torno da supressão das terminologias "Gênero" e "Orientação Sexual" dos planos estaduais e municipais de educação que ganharam enorme repercussão no cenário nacional, abordou-se a chamada Teoria de Gênero em uma das questões, algo que já havíamos alertado aqui mesmo neste blog. Neste ano, a proposta da prova foi mais além ao trabalhar o tema: caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Bastou a divulgação do tema para que os ditos "especialistas" pudessem trabalha-lo sob a forma anti-católica, tratando a Igreja como epicentro das manifestações intolerantes ao longo de sua história. Isto apenas demonstra o caráter parcial ao qual aos alunos são induzidos muitas vezes ao trabalharem temas como este. Veja-se por exemplo o teor das redações simuladas sobre o assunto e sua visão a respeito dos cristãos [1].
   Antes de tudo, vamos às estatísticas para se analisar a relevância do tema. Segundo algumas informações, o número de denúncias relacionadas a intolerância religiosa no Brasil cresceu 3706% entre 2011 e 2015, saindo de 15 para 556 casos no período [2]. Considerando que a população brasileira em 2015 era de 204.450.649 habitantes, isso nos oferece um percentual de 0,000271948% da população, ou seja, cerca de 2 casos a cada 1 milhão de habitantes, isso sem levar em conta ainda a qualidade das denúncias, que vão definir se realmente se tratam de casos efetivos de intolerância religiosa. Ainda deve-se ter em mente que não se tem notícias de casos crônicos de intolerância como ocorrem hoje na Europa, que devido à transição cultural, enfrenta um estado de alerta máximo, onde realmente deve-se discutir o problema. Diante destes números resta apenas a pergunta: seria este um tema tão relevante a ponto de dispensar outros que poderiam dar a temática da prova?
   Não vamos negar que existe de fato o problema da intolerância no Brasil, mas esta geralmente não parte das pessoas ditas "religiosas" contra outras crenças, mas sim daqueles que não tem religião e pretendem desacreditar e escarnecer os que crêem. Quantos alunos não sofrem calados as afrontas diretas vindas de seus professores, que diante de tamanha opressão acabam abandonando a sua fé? Estudos recentes demonstram inclusive que o número de jovens que deixam sua fé ao sair da Universidade é bastante relevante [3]. Se for elaborada uma pesquisa com alunos de escolas diversas a respeito do vilipêndio que sofrem nas mesmas, veremos sem dúvida que o número é mais relevante, contudo, trata-se de um sofrimento silenciado muitas vezes pela ameaça velada promovida pelo próprio docente.
   Há que se discutir antes de se formular temas como este, o conceito objetivo de intolerância religiosa, haja vista que em muitos casos o simples debate ou evangelização é tratada como uma forma de intolerância. Se isso realmente for tratado como desrespeito e crime (o que realmente nos leva a crer que sim), então definitivamente chegamos a um estado de total amordaçamento da evangelização, algo então tratado como importante para o crescimento espiritual e intelectual ao longo da história, especialmente nos primeiros séculos da nossa era, agora condenável. Isso seria uma verdadeira tentativa de amordaçamento equiparada ao PLC 122/2006, que pretendia criminalizar a evangelização e a liberdade religiosa ao tratar do homossexualismo. Diante de tanta afronta aos princípios cristãos e sua impunidade, mais relevante seria trabalhar o tema: caminhos para superar a doutrinação vilipendiosa no Brasil, que não apresenta nenhum número nem pesquisa, mas se torna obscuro pelo silêncio de estudantes e universitários cristãos que vêem sua fé destruída cada dia mais dentro do meio educacional, restando a estes muitas vezes esconder a sua fé para não sofrer represálias em sala de aula, porém, quanto a este caso sabemos que para os chamados "intelectuais" é preferível tergiversar.

REFERÊNCIAS
1.http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/lista/intolerancia-religiosa-regra-ou-excecao-no-brasil.jhtm
2.http://veja.abril.com.br/educacao/tema-do-enem-intolerancia-religiosa-cresceu-3-706-em-5-anos/
3.http://www.voltemosadireita.com.br/os-cristaos-e-universidade/

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Como manter a nossa fé firme nestes últimos tempos difíceis. Ou: A estratégia mundial para desconstruir a moral católica

Nestes tempos difíceis como fortalacer a fé e trabalhar pela Igreja?


   Os tempos que vivemos mostram o quanto é necessário manter uma fé viva e firme diante dos freqüentes ataques que não somente a Igreja vem sofrendo, mas toda a humanidade. A dificuldade em se viver a fé de forma autentica vem sendo constantemente ameaçada pelos inimigos que estão fora da Igreja, mas também por aqueles que a representam, porém, não devemos jamais esquecer que sempre houveram dificuldades, a começar pelos doze representantes de Cristo, os apóstolos, quando entre eles já se fazia presente aquele que trairia a Igreja, como um prenúncio claríssimo das traições que surgiriam no meio dos que são chamados. Apesar disso tudo, não devemos nos esquecer jamais que no final a vida e a verdade sempre vencem.
   Sempre se levantaram heresias contra a Santa Mãe a Igreja, contudo, foram justamente nas batalhas empreendidas contra as mentiras e ciladas do inimigo, que Deus permitiu o nascimento de grandes santos para inspirar com o seu heroísmo aqueles que viriam nos períodos precedentes. Surgiu nos primeiros séculos da Igreja Cristã, as heresias do Donatismo e do Arianismo, estas por sua vez, suscitaram debates em que se levantaram grandes doutores como Santo Agostinho de Hipona e Santo Atanásio, com sabedoria combateram com a força da fé e da palavra, vencendo por fim o mau decorrente destas heresias. São João Damasceno, vivendo em um tempo de grandes dificuldades pelo surgimento da heresia iconoclasta, que via o uso das imagens como idolatria, conseguiu de forma sábia eliminar os erros deste movimento. Santo Inácio de Loyola, no ápice da heresia protestante, que sem dúvida abarcou todas as anteriores, manteve-se firme na fé e inspirado por Deus conseguiu pelo menos amenizar os efeitos decorrentes do avanço do protestantismo pela Europa que a devastava como um raio. Poderíamos dedicar horas e muitas linhas aqui apresentando santos doutores que em seu tempo vivenciaram essas lutas, mas por ora é importante lembrar que o Espírito Santo sempre suscitou fiéis que não deixaram a igreja ser destruída pelas forças do inferno e assim cumpriu a promessa de Cristo [1].
   Em nosso tempo não vivemos algo diferente. Doutrinas mentirosas como protestantismo e o espiritismo, permanecem como as principais forças contrárias à propagação do evangelho da verdade, com o agravante do relativismo que hoje se transformou no principal meio para a disseminação de erros. Hoje, diante da correria do dia a dia, as pessoas buscam uma religião com a qual mais se identifica, um deus próprio criado pela pessoa e que na maioria das vezes não exige do homem a sua resignação para seguir a vontade de Deus, ou seja, prevalece uma religião subjetivista. De outro lado, dentro da Igreja, sacerdotes cada vez mais comprometidos com o mundanismo do que com Deus, se tornam mais comuns. A chamada Teologia da Libertação, que se trata na verdade de uma heresia instigada pela falsa pretensa de promover a “justiça social” através da interpretação marxista da bíblia, tenta se sobrepor entre os fiéis católicos. Já são raros os sacerdotes que buscam garantir a santidade dos fiéis, e mais ainda os catequistas bem instruídos e que levam uma vida de santidade a ser transmitida aos seus pupilos, e assim também os pais não conseguem mais dar bons exemplos aos filhos por meio do evangelho.
   Se levanta também neste tempo, um ódio cada vez maior à Igreja e aos seus ensinamentos autenticamente cristãos como a defesa da vida e da família. Recentemente, uma pesquisa demonstrou que cerca de 70% dos jovens que frequentam alguma religião antes de entrar na Universidade, saem dela sem qualquer interesse pelas coisas de Deus [2]. Os jovens estão sendo saqueados em sua fé, e se tenta colocar no lugar da mesma, um mundanismo que não leva senão a um vazio interior, o que muitas vezes motiva atos de suicídio. Esta é sem dúvida a cultura da morte que prevalece e avança de forma cada vez mais forte neste mundo.
   Diante de tantas dificuldades, não resta aquele que pretende se manter fiel buscar meios para que sua fé seja viva e ele possa também disseminar a verdade como fizeram os grandes e sábios doutores da Igreja em seu tempo. Pode-se perceber que apesar da tentativa de destruição, muitos remédios surgem como forma de combater a guerra espiritual pela fé e pela Santa Igreja. Temos o Catecismo, as sagradas escrituras, os documentos da Igreja, os livros dos grandes santos, porém, tudo isso exige tempo, dedicação e disposição do fiel à estudá-los com muito amor, porém, não de uma forma superficial, mas meditativa e contemplativa para assim aprender a combater os erros que invadiram a sociedade. É a penitência que a Santa Madre Igreja exige de cada um de nós no momento, a dedicação aos estudos e à oração que é de suma importância, uma vez que por nós mesmos, diante de nossa fraqueza nada poderemos conseguir se não nos colocarmos confiante diante de Deus e pedir a graça de uma sabedoria e o amor para fazer este trabalho árduo em prol da salvação das almas.
   Algo muito necessário neste tempo e que se tem difundido de forma muito grandiosa pela providência divina é a devoção à Maria Santíssima por meio da consagração proposta por São Luís Monfort. Manuseando as escrituras podemos perceber claramente a necessidade dessa devoção nestes tempos em que vivemos, principalmente por aqueles que serão os soldados que combaterão com a palavra e a verdade, as mentiras e o mundanismo disseminado nesta terra. A Sagrada Escritura diz claramente que do pecado viria a inimizade entre a mulher e a serpente, e que aquela feriria a sua cabeça e esta lhe feriria o calcanhar [3]. A inimizade da qual trata a palavra é o pecado, porém, aqueles que estão submetidos ao pecado original serão feridos pela serpente, mas Maria foi concebida sem o pecado original, e portanto, já não poderia ser ferida e nem sofrer as conseqüências do veneno destilado pelo inimigo, que é a morte. Assim sendo, é Maria quem fere a cabeça de Satanás, de onde saem todas as artimanhas e mentiras que levam os homens ao abismo e ao fogo eterno. Isso demonstra sem dúvida alguma que somente venceremos as batalhas deste tempo com uma verdadeira devoção à Maria, por isso ela é tão odiada em nosso tempo.
   Neste tempos difíceis Deus está nos oferecendo este santo remédio para a vitória contra o perverso inimigo que se levantou com muita força contra a Igreja. Busquemos a consagração como forma de fortalecer nossa devoção e nos dediquemos com muita piedade aos estudos e à meditação como forma de penitência e serviço ao Reino de Deus para levar muitas almas ao céu. Que Maria santíssima nos dê a força necessária para nos mantermos firmes nesta batalha.

REFERÊNCIAS
1.Evangelho de São Mateus 16,18
2.http://guiame.com.br/gospel/noticias/70-dos-estudantes-deixam-igreja-durante-os-anos-de-universidade-diz-pesquisa.html
3.Genesis 3,15

domingo, 16 de outubro de 2016

Qual o interesse da ONU em promover o “Dia Internacional do Aborto Seguro”?

As ações da ONU refletem os interesses construídos internamente durante os últimos 60 anos


   As recentes pressões por parte da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os países membros, no que condiz à legalização do aborto tem se dado de forma cada vez mais recorrente e descarada. A verdadeira guerra ideológica levada a termo pela organização mundial e suas subsidiárias contra as nações que ainda não legalizaram o aborto, só pode ser compreendida à luz do aparelhamento institucional que penetrou suas entranhas nos últimos 60 anos, a qual já alcançou o seu ponto nevrálgico.
   Embora o objetivo principal da ONU seja em teoria, a cooperação para o desenvolvimento econômico e a promoção dos Direitos Humanos nos países membros, o que se tem percebido recentemente é o desvio destes objetivos a fim de se promover os interesses de grupos econômicos organizados. Entre os anos 1960 e 1970, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que já trabalhava com recursos públicos em projetos para a redução da taxa de natalidade nos países em desenvolvimento, incluindo a esterilização e o aborto, deu um grande impulso financeiro para a constituição do Fundo para Atividades Populacionais das Nações Unidas (UNFPA).
   Em 1994, a Conferência de População no Cairo, foi invadida por diversas ONGs internacionais que já contavam com recursos milionários da Fundação Ford. Esta por sua vez, lançara na década de 1990 um relatório intitulado “Saúde Reprodutiva, uma estratégia para os anos 1990” que construiu as diretrizes a serem perseguidas pelo conjunto de ONGs sustentadas pela Fundação, e por conseqüência disso, surge pela primeira vez uma ação a nível mundial para garantir os chamados “Direitos Reprodutivos” dentro dos direitos humanos. Direitos Reprodutivos, em resumo, significa garantir que as mulheres possam ter a liberdade de escolher quantos filhos ter, e portanto, o Estado deve disponibilizar à sua população o acesso a à contracepção, esterilização e o aborto.
   Em 1996, foi realizada na Ilha de Glen Cove, uma conferência a portas fechadas contando com a presença de diversas ONGs feministas financiadas pelas fundações e representantes da ONU, a fim de que se pudesse promover uma nova interpretação dos tratados internacionais entre os países membros da ONU, fazendo com que o aborto fosse reconhecido como um direito fundamental baseado no Direito à Vida, uma vez que as mulheres que recorrem ao aborto clandestino tem grandes probabilidades de virem a óbito, tendo em vista a falta de estrutura destas clínicas. Desta forma, definiram como ponto inicial da estratégia, acusar os países que ainda não aprovaram o aborto de violar os Direitos Humanos [2]. É a partir deste entendimento que surge o conceito de “aborto seguro”.
   Mais recentemente, em 2014, o Vaticano foi acusado através de um relatório da ONU de torturar as mulheres através de seus ensinamentos sobre o aborto, e de violar tratados internacionais de direitos humanos por sua posição [3]. O relatório ainda foi incrementado com a acusação de que a Igreja estaria sendo negligente nos casos de punição e investigação da pedofilia, num flagrante de total contradição, do qual emerge o seguinte questionamento: como pode uma organização manifestar sua preocupação com as crianças que sofrem abusos sexuais, se não é capaz de defender o direito fundamental à vida destas. Com isso, ficou claramente demonstrada a propaganda ideológica por meio destas acusações à Igreja.
   Agora mais uma vez insurge uma verdadeira imposição da ONU, contrariando até mesmo a soberania popular de alguns dos países-membros, cuja população é majoritariamente contrária ao aborto. Sabe-se muito bem qual a sua estratégia ao instituir uma data para a promoção do aborto seguro. Trata-se na verdade, de mais um meio ardilosamente desenvolvido para se sobrepor às nações, e fazer estas “engolirem” aos poucos a mentira de que aborto é um direito humano, contrariando até mesmo os seus próprios tratados que reconhecem o direito à vida como inviolável e dever a ser garantido pelo Estado.
   Por tudo o que ficou exposto neste artigo, percebe-se que o aparelhamento do ONU a partir de ONGs financiadas com recursos milionários das fundações internacionais e da ingerência de determinados membros, não conduz ao bem comum dos países participantes e sim uma imposição de grupos poderosos que já se instalaram no alto escalão da mesma e tentarão fazer cair por terra direitos básicos e invioláveis, a fim de se promover os interesses particulares.
   Nós como Católicos e defensores da vida humana não podemos ficar quietos ante a tamanha afronta e desrespeito à soberania nacional. Devemos estudar e ficar atentos às manobras políticas internacionais que irrompem contra a vida e a família. Através da Citizengo, foram coletadas inúmeras assinaturas enviadas ao Secretário Geral da ONU para que esta afronta fosse cancelada. Com isto, vemos claramente a importância de estarmos atentos e unidos em oração e estudos. Este grupo precisa crescer, e você que costuma ler as nossas postagens procure se informar e transmitir essas informações no seu grupo paroquial e catequese, pois este é o único meio de vencermos esta grande batalha pela vida.

REFERÊNCIAS
1.http://www.thenewatlantis.com/publications/the-population-control-holocaust
2.http://acordaterradesantacruz.com.br/wp-content/uploads/2013/03/02-AssaltoEDestrui%C3%A7%C3%A3o.pdf

3.http://cleofas.com.br/onu-acusa-a-igreja-de-torturar-as-mulheres-com-seu-ensinamento-sobre-o-aborto/

domingo, 25 de setembro de 2016

A confusão formada por católicos "light" em torno do diálogo inter-religioso

Um vídeo recente do Papa Francisco sobre a necessidade do diálogo inter-religioso tem gerado uma grande polêmica entre aqueles que não compreenderam a integralidade da sua mensagem   


   Recentemente, o Santo Padre o Papa Francisco tem feito um excelente uso dos meios de comunicação modernos para difundir a mensagens de paz ao mundo inteiro. Estes meios são muito eficazes para a disseminação do evangelho, tanto é assim que um grande número de sacerdotes tem feito o mesmo para que a verdade do evangelho seja conhecida e abraçada por todos. Se no início da Igreja primitiva, as barreiras geográficas não foram capazes de sucumbir a evangelização, quanto mais hoje diante de tantos meios, a Boa-Nova da salvação tem se tornado mais acessível e presente em nossos lares.
   Se por um lado, o uso dos meios de comunicação tem garantido um avanço promissor na evangelização, por outro lado, geram como algo inerente à sua estrutura, uma verdadeira confusão quando aqueles que o recebem não conseguem compreender a mensagem transmitida dentro do seu contexto. Assim como a palavra de Deus exige uma série de pressupostos para o conhecimento do seu conteúdo de forma integral, também as informações geradas nas mídias sociais, requerem um conhecimento profundo ex-ante a fim de garantir que o verdadeiro teor da mensagem alcance o seu objetivo.
   Um destes vídeos do Papa vem causando uma série de erros de interpretação, especialmente por parte daquelas pessoas que se dizem “católicas” mas que curtem uma vez ou outra, frequentar centros espíritas ou seitas protestantes, especialmente quando se trata de buscar milagres, curas e outros feitos extraordinários que a pessoa considera para si como necessário e indispensável. O absurdo maior ainda, foi constatar que grande parte destas pessoas ocupam posições de destaque dentro de paróquias mas não compreendem sequer as verdades essenciais de sua fé.
   O vídeo ao qual nos referimos, encontra-se disponível abaixo, e trata-se de uma bela mensagem em que o Papa Francisco exorta os fiéis católicos a promoverem o dialogo inter-religioso. Na mensagem, aparecem pessoas de quatro crenças diferentes: judaísmo, cristianismo, budismo e islamismo. As palavras do Sumo Pontífice aparecem no vídeo animando o respeito entre as crenças uma vez que a fé e a prática religiosa, apresentam maiores pontos de intersecção que o ateísmo, e por isso, o diálogo torna-se viável.


   A confusão foi montada especialmente pelo erro de compreensão, uma vez que muitos tomaram a iniciativa do Papa como forma de legitimar o sincretismo religioso. Isto de muito convém para aqueles que não exercem de modo firme a sua fé e já deixaram se levar pela ideologia relativista que impera em nossos dias como já apresentamos em outro artigo aqui neste blog. Em que pesem as inúmeras argumentações equivocadas, uma só resposta faz cair por terra toda o proselitismo contrário à verdade: se o Papa estivesse considerando que todas as religiões são verdadeiras ou abrindo caminho para o sincretismo, estaria contrariando o evangelho e até mesmo faltando com a devida caridade  para com aqueles que durante a história da Igreja, deram seu sangue para defender a verdade única contida no evangelho. Lembremos que foi o próprio Cristo quem disse que: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao pai senão por mim [1]
   Conforme dito no início deste artigo, a compreensão de uma mensagem em sua integralidade, só será efetiva à medida que consideremos o contexto da mesma, é por este motivo, que muitos católicos fazem confusão ao tratar de temas espinhosos como a inquisição e as cruzadas. Voltando ao assunto, precisamos compreender que vivemos em um tempo difícil, especialmente quando se trata da questão religiosa. De um lado, inúmeros ataques motivados por questões religiosas que se alastram pelo continente europeu, e de outro, a ideologia mundana que tenta irromper definitivamente com a dignidade da pessoa humana através do aborto por exemplo. Essa última ideologia tem cada vez mais o apoio de pessoas sem crença. Vejamos a importância, por exemplo, do diálogo inter-religioso, ao tratar da questão do aborto no Brasil, que faz Católicos, Evangélicos e Espíritas a se unirem em torno da mesma causa.

Marcha contra o aborto reúne católicos, evangélicos e
  espíritas no Centro da cidade de Campo Grande - MS 
      
   O vídeo do Papa, em nada muda a doutrina da Igreja, que sempre foi favorável ao diálogo entre as religiões, especialmente aquelas que têm aspectos em comum como as que foram apresentadas no vídeo, entretanto, a evangelização e a difusão da verdade do evangelho em nada devem mudar, antes irá suscitar a aproximação da fé legítima. No contexto atual, a mensagem do Papa Francisco vem sem dúvida, mostrar a importância do respeito através do diálogo entre as religiões sem que com isso, se deixe de buscar a evangelização por meio da Boa-Nova trazida por Cristo. Peçamos a intercessão de São Maximiliano Kolbe, aquele que em meio ao sofrimento da segunda guerra, se fez um servidor e evangelizador entre os judeus até o fim, sendo por isso mesmo martirizado por levar este trabalho ao extremo. São Maximiliano Kolbe, rogai por nós.

REFERÊNCIAS
  1. João 14,6

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Fertilização In Vitro e barriga de aluguel: seres humanos disponíveis na prateleira

Conheça a verdeira problemática em relação ao assunto e por que devemos ser contrários à FIV

   Existe uma polêmica grande quando se trata do tema Fertilização In Vitro. Apesar da boa disseminação pelas redes sociais, poucos são os meios que evidenciam de fato a verdadeira e mais problemática face desta questão. Apesar da pouca ênfase, é importante lembrar que no contexto atual, no qual se aprofunda a relativização da humana, potencializada pelo avanço da revolução sexual, o assunto tende a ser tratado de forma parcial, sem que se mostrem os resultados abomináveis que provém do mesmo.
   É importante compreender antes de tudo o que é a Fertilização in Vitro ou FIV como é mais comumente conhecida. Trata-se de uma técnica de reprodução assistida que consiste na coleta de gametas masculinos e femininos, de modo que a fecundação ocorre em laboratório de forma manipulada (por isso do nome “In Vitro”) até que o embrião esteja pronto para em seguida, ser implantado no útero, a fim de que se dê continuidade à gestação iniciada fora do ambiente natural. Até aqui, as informações que se têm a respeito da técnica são unânimes, bem como as críticas que são disparadas contra a Igreja e outras pessoas que veem a questão sob um âmbito mais liberal. No entanto, os interesses e problemas por detrás da temática são muito mais profundos que a mera visão técnica ou processual como se pretende apresentar à sociedade.
   Em primeiro lugar, trabalhando mais profundamente sob o conteúdo técnico da questão, importa ressaltar que neste tipo de reprodução as chances de sucessos variam diretamente com o número de embriões gerados, de modo que um procedimento será tanto mais eficiente quanto maior o número de embriões excedentes para garantir o resultado desejado [1]. O que fazer então com este excedente? Geralmente estes ficam congelados para que possam ser utilizados num momento oportuno ou ainda, no desenvolvimento de pesquisas, quando não, descartados. Segundo estimativas do Sistema Nacional de Embriões, hoje existem no Brasil cerca de 150 mil embriões congelados.  Mas que preocupação nós devemos ter com os embriões? Quais limites éticos que devem envolver esta questão?
   Em que pese nos dias atuais ser cada vez mais recorrente a ideologia assente de que o embrião não comporte qualquer aspecto humano, uma vez que se tenta justificar por uma tese absurda, que o mesmo não tem consciência ou poder de ação na sociedade (como se a vida dependesse unicamente das relações sociais), e portanto, não merece tanta atenção como é dada pelos pró-vidas, é fato consolidado e conclamado pela ciência que se o embrião não é um ser, então nenhum de nós o poderia, pois algum dia também fomos um embrião. Bater nesta tese sem fundamentos seria o mesmo que afirmar por exemplo, numa comparação bem rasa, que uma árvore nunca foi semente, ou ainda, querermos preservar uma mata sem dar atenção às sementes. O cientista francês Jérônime Lejeune, considerado o “pai da genética moderna” e descobridor da origem genética da Síndrome de Down sempre defendeu de forma muito racional esta tese, senão vejamos uma afirmação bastante esclarecedora sobre o assunto:
“Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano ele não poderia tornar-se um,pois nada é acrescentado a ele." [2].
   É importante observar ainda que na reprodução assistida, o elemento essencial para a geração natural de um ser humano, o amor conjugal, não se faz presente, de modo que a constituição da vida ocorre como se fosse uma mera produção manipulada, em outras palavras, uma manufatura biológica por assim dizer. Este fato traz consigo uma série de abominações que ajudam a relativizar cada vez mais o ser humano, como o caso de homossexuais que tem procurado mulheres dispostas a “alugar” seu ventre para gestar crianças, em troca de dinheiro. Não bastasse isso, em casos mais recentes, dois homens cedem seus espermatozoides para que a fertilização ocorra, de modo que tudo se passa como se fosse um jogo, uma verdadeira brincadeira com a vida de pessoas inocentes.
   A disseminação de métodos de reprodução assistida e seu uso indiscriminado jamais poderão comungar com os princípios cristãos, especialmente a caridade, e isto já foi comprovado nos parágrafos anteriores deste post, contudo, há quem diga que alguns métodos naturais sem sucesso, como o aborto espontâneo, também geram a morte. Com toda a certeza, quem sofre com estes problemas, poderá procurar um especialista para o devido tratamento, contudo, não se pode fechar os olhos e admitir que a vida humana seja manipulada e controlada como se fosse um objeto qualquer.
   Um cristão que se preze não deve jamais defender uma abominação destas, todavia, a disseminação de informação legítima sobre o assunto é necessária para que as pessoas movidas pelo interesse próprio ou pela oportunidade de gerar a vida, não caiam no engodo de muitos que tentam esconder o verdadeiro problema por detrás da questão. O Catecismo da Igreja Católica é taxativo em relação a este tema [3] ao abordar as conseqüências espirituais desta técnica e o caminho penitencial que um casal deve correr caso sofra com a esterilidade. Caso você conheça algum irmão ou irmã que pretende fazer uso desta técnica, não deixe de alertá-lo sobre o que tratamos aqui.

REFERÊNCIAS
1. http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/07/jn-mostra-discussao-delicada-sobre-destino-dos-embrioes-congelados.html

3. Catecismo da Igreja Católica (2376, 2378, 2379)

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Madre Teresa e o Aborto

Conheça o pensamento de Santa Teresa de Calcutá a respeito do aborto


No domingo, 04 de agosto, a Igreja declarou a santidade de Madre Teresa de Calcutá. Reconhecida no mundo inteiro pelo trabalho desenvolvido em atenção aos mais pobres, especialmente na Índia. Madre Teresa, ou melhor, Santa Teresa de Calcutá, ao que poucos sabem, também foi uma das mais proeminentes defensoras da vida no terceiro mundo, declarando-se inúmeras vezes contra o aborto, controle da natalidade e contracepção, sendo por isso, duramente criticada e perseguida.
O contexto presente na Índia à época em que Santa Teresa da Calcutá desenvolvia seu trabalho em auxílio aos pobres e doentes, ajudam a compreender melhor a sua luta em favor da vida. Desde a década de 1950, o país foi alvo de debates entre os demógrafos mundiais, especialmente quando em 1952, fundou-se o Conselho Populacional em Williamsburg, Estado de Nova York, tendo entre seus mentores John Rockefeller III, neto do magnata americano do petróleo, que passou a investir pesadamente em pesquisas e métodos para o controle populacional, dentre eles, o aborto.
Em 1950, a Índia possuía a segunda maior população do mundo (371.857) segundo a ONU, perdendo apenas para a China (550.771). Esta constatação chamou a atenção do Conselho Populacional, que passou a tratar do fato com um problema que colocava em cheque a segurança mundial. Entre 1959 e 1968, o Conselho Populacional começa a investir pesadamente no controle de natalidade por meio da esterilização e desenvolvimento de métodos contraceptivos. É nesta época que se implantam na Índia, fábricas de Dispositivos Intra-uterinos (DIU). Neste ínterim, mais especificamente no ano de 1966, a Fundação Rockfeller, passa a pressionar países de terceiro mundo para que estes assinassem uma declaração reconhecendo o crescimento populacional como um problema grave, a fim de que a ONU também pudesse ver o fato como uma ameaça e se unisse aos interesses das Fundações Ford e Rockefeller. A Índia foi uma das signatárias da declaração.
Em 1971, 8 anos antes de Santa Teresa de Calcutá receber o prêmio Nobel da Paz, o aborto é legalizado na Índia. Ao contrário dos governos e fundações, que imaginavam ser o crescimento populacional a pior ameaça para a humanidade, Madre Teresa considerava o aborto como uma desgraça tão grande que poderia ser tratada como um fator de destruição total do homem mais que qualquer doença ou privação material, senão vejamos uma de suas mais celebres frases sobre o assunto:
“Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos de AIDS, mas matar crianças inocentes não nos assusta. O aborto é pior do que a fome, pior do que a guerra.”
No ano de 1974, em pleno ápice do desenvolvimento de pesquisas demográficas e de controle populacional, quando se funda o IPAS, uma instituição privada internacional com sede na Carolina do Norte, cujo principal objetivo é a difusão do aborto clandestino nos países em desenvolvimento, surge um documento denominado relatório Kissinger, que passa a considerar o controle populacional no terceiro mundo, como um fator imprescindível para a segurança dos Estados Unidos.  Para Santa Teresa de Calcutá, ao contrário dos demógrafos, o aborto é a principal ameaça à paz na humanidade:
“Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto de um inocente – um assassinato pela própria mãe. E se nós aceitarmos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?”
Mesmo diante de uma realidade difícil na Índia, com um grande número de crianças abandonadas, Santa Teresa ousou lutar contra a mentalidade então subjacente que começava a mostrar-se em seu tempo, quando emergem opiniões no sentido de que o problema da pobreza deveria ser tratado entre outras formas por meio da contracepção e controle sobre a natalidade. Vejamos o que Teresa de Calcutá respondeu a Malcom Muggeridge, jornalista britânico, quando a questionou sobre o que ela pensava a respeito de pessoas que argumentavam haver muitas crianças na Índia
“Eu não concordo, porque Deus sempre providencia. Ele provê as flores e os pássaros, para tudo no mundo que ele criou. E essas crianças são a sua vida. Não pode nunca ser o bastante.”
Diante de afirmações tão claramente expostas, podemos com certeza concluir que a luta pela vida é importantíssima, e Santa Teresa de Calcutá, melhor que qualquer um de seu tempo, reconhecia que os problemas da pobreza e das doenças no mundo não devem ser tratadas pela morte de um inocente. A vida deve ser defendida em qualquer circunstância, e por isso, louvamos hoje a Deus por ter nos dado a graça de termos mais uma intercessora dos defensores da vida junto ao Pai do céu, rogando por este trabalho que foi considerado pelo Santo João Paulo II, o mesmo que beatificou Madre Teresa, como o mais importante da terra. Santa Teresa de Calcutá, rogai pelos defensores da Vida.

REFERÊNCIAS
2.Texto Cronologia da Cultura da Morte
4.http://pt.churchpop.com/6-frases-de-madre-teresa-de-calcuta-sobre-aborto/

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

IV Seminário de Biopolítica traz Sara Winter e aborda identidade feminina

O evento, realizado pelo núcleo de biopolítica da Casa Pró-Vida Mãe Imaculada, acontece na PUCPR, em Curitiba



   O IV Seminário de Biopolítica, evento promovido anualmente pela Casa Pró-Vida Mãe Imaculada, ocorre no dia 17 de setembro e dessa vez traz como principal convidada a ex-feminista Sara Winter, conhecida por ter se tornado a primeira brasileira a integrar o grupo Femen, considerado o mais radical da Europa.  Depois da gravidez, a militante pró-aborto e anti-religiosa, que se autodenominava “sextremista”, tornou-se uma defensora da maternidade, do amor familiar, da fé, do entendimento e respeito mútuo entre homem e mulher.
   A partir do tema do tema do evento, que será  “A batalha da mulher cristã pela defesa da identidade feminina”, Sara relatará como a chamada “cultura da morte” a atraiu e a confundiu durante anos sobre sua identidade feminina.
   Na sequência, a jovem Laura Barreto abordará a vivência dos valores da fé católica na universidade, na vida social e política, trazendo a proposta de que a castidade, a modéstia e o contínuo estudo da fé podem caminhar juntos com o período da juventude, podendo o jovem ser testemunha de Cristo. Para o fechamento, Sirlei Regina Wozniak relatará suas experiências como esposa e mãe, promovendo uma perspectiva de futuro para as jovens.
   Os seminários de biopolítica promovidos pelo núcleo já contaram com a presença de Felipe Néry, Felipe Aquino e do padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior. Desta vez, o evento vai acontecer no auditório John Henry Newman, no campus do Prado Velho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), das 14h às 18h.


   As inscrições podem ser feitas pelo site da Casa Pró-Vida. Para mais informações, é só mandar um e-mail para biopolitica@casaprovidami.com.br ou ligar para (41) 3156-0003.14h às 18h.
Por Jônatas Lima, Blog da Vida

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O Aborto deve ser reconhecido como um Direito da Mulher?

O fato da vida humana se desenvolver no ventre de uma mulher lhe dá o direito de decidir sobre a mesma?



   As feministas e os promotores do aborto em todo o mundo, passaram nos últimos tempos à adotar em seus debates o discurso frágil e falacioso de que o aborto deve ser legalizado uma vez que se trata de um "Direito" que a mulher tem sobre seu corpo e portanto, como a gravidez é um processo natural próprio das mulheres, estas devem ter a opção de seguir em frente ou não com a mesma. 
   A partir desta premissa, alega-se que o Estado, provedor de serviços à população e especialmente aos mais carentes, deve garantir o acesso de toda a população ao chamado "aborto seguro", uma vez que não tendo condições de custear uma clínica particular, as mulheres pobres acabam recorrendo às clínicas clandestinas que segundo os pró-aborto, não estão devidamente aparelhadas para prover a interrupção da gravidez de forma segura. 
   Esta argumentação pode ser facilmente refutada à partir de princípios legais e filosóficos senão vejamos. É preciso compreender que o Direito à vida é inviolável conforme definido no artigo 5º da Constituição Federal brasileira, e deste modo, o Estado que capta recursos para gerar os serviços necessários ao bem-estar da população, deve garantir com base neste dispositivo a promoção e não a eliminação da vida. Embora a ONU, venha tentando durante os últimos anos, pressionada pelos movimentos feministas à mudar o sentido deste direito, de modo que o "direito" ao aborto seja interpretado como componente precípuo do Direito à vida, não devemos deixar de lado o bom senso para compreender profundamente o alcance desta garantia fundamental.
   Compreenda-se que a gravidez não trará prejuízo à vida da mãe, embora se tente argumentar através de uma tese absurda que no caso de gravidez indesejada, a mulher poderá sofrer com problemas psicológicos. Ademais, pela simples percepção fica claro que em se tratando de um ser humano em desenvolvimento, assim como o Estado tem de garantir os meios para a vida, também a mulher, deve ser responsabilizada se causar de modo deliberado a morte da criança que carrega no seu ventre, o qual por sua vez tem seu direito à vida garantido. 
   Em resposta ao título deste artigo, pode-se dizer claramente que o aborto não é um direito da mulher, uma vez que se trata da eliminação de uma vida sob a qual esta tem responsabilidade, a qual já deveria ter se antecipado à respeito das consequências durante a relação sexual e da mesma forma, o seu parceiro. Além disso, aprovar o aborto como um direito da mulher, significa por outro lado, suprimir o direito à vida da criança que carrega em seu ventre, ou seja, promover o a cruel eliminação da vida humana no seu estágio de maior fragilidade e dependência, o que por sua vez, agrava ainda mais o caso. Não permitamos uma barbaridade destas com um argumento tão frágil como propõem estes grupos, façamos a nossa parte estudando e eliminando este erro.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Assunção de Maria

Conheça os fundamentos do Dogma da Assunção de Nossa Senhora


   O dogma da Assunção de Maria, que gera inúmeros questionamentos, especialmente por parte dos protestantes, não pode ser compreendido senão à luz de uma meditação profunda à respeito dos mistérios da encarnação e ressurreição. É importante ressaltar antes de tudo, que a Igreja sempre proclamou dogmas de fé não como uma forma de imposição sob as quais não houvesse questionamentos, mas para que os homens e mulheres fiéis pudessem fazer um profundo exercício interior através da oração e da contemplação das Sagradas Escrituras, e desse modo encontrassem Verdades profundas lá contidas. Neste post, vamos analisar o mistério da Assunção de Maria aos céus à luz das Sagradas Escrituras e do Sagrado Magistério, mas também pela lógica filosófica contida na contemplação deste dogma.
   Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950 na Constituição Munificentissimus Deus [2], na qual se declarou que Maria foi elevada aos céus, e portanto não conheceu a morte. Ante esta afirmação, muitas pessoas de pouca meditação podem achar uma absurdo, porém, à luz da compreensão dos mistérios da salvação chegaremos a conclusão de que a proclamação sempre foi verdadeira desde o início dos tempos bastando ser reconhecida no momento oportuno.
   Em primeiro lugar, pode-se constatar pela lógica que se Maria foi concebida imaculada e sem macha do pecado Original como deveria ter acontecido por óbvio haja vista que Deus jamais habitaria em um ventre humano impuro, quanto mais tomar uma carne contaminada por tal imundície, e em decorrência deste fato, também não deveria passar pela morte, uma vez que fora preservada da punição proveniente da culpa original. Por uma consequência prática, Maria é chamada de a "Nova Eva", contudo, o evangelista quis deixar claro que apesar de tomar essa nova condição humana (ilibada do pecado Original), Maria, ao contrário de Eva  quis se submeter aos planos de Deus, e se foi pela submissão de Eva ao embuste soberbo de Satanás que o homem perdeu o paraíso (companhia de Deus), foi pela humildade de Maria que essa mereceu ser chamada de "cheia da graça" [2] garantindo assim a reabertura do paraíso aos homens.
   Deve-se lembrar por fim, que Maria não alcançaria a graça de não conhecer a morte se o filho Jesus não houvesse entregue seu próprio corpo como sacrifício para expiação do Pecado Original, ou seja, a Imaculada Conceição de Maria não teria efeitos ou jamais poderia ser levado à prática não fosse a revogação da sentença aplicada aos homens pelo primeiro pecado. 
   A Festa da Assunção de Maria é uma das mais importantes da Igreja e é celebrada no dia 15 de agosto, porém, como não se trata de um feriado no Brasil, excepcionalmente transfere-se a solenidade para o Domingo seguinte ao dia em questão a fim de que os fiéis possam celebrar com mais piedade este evento tão importantíssimo para a Santa Igreja. Que Maria, assunta aos céus, interceda por nós todos nessa data tão especial para os filhos da Igreja.

REFERÊNCIAS
1.http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html
2.Lucas 1,28

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A conquista Islâmica no Ocidente por meio da Jihad e do declínio da família ocidental

Existe uma guerra silenciosa da qual poucos se importam mas que está diretamente relacionada ao caos vivido pela Europa



   Em menos de 20 dias após o ataque de terroristas islâmicos em Nice na França, outra vez o grupo radical EI volta a atacar na Europa, desta vez,  a vítima foi um sacerdote católico, que após um ataque com captura de reféns numa igreja na Normandia, foi cruelmente degolado pelos militantes mulçumanos [1]. Independentemente de se tratar de um religioso ou não, é fato constatado que o grupo continuará espalhando mortes por todo o continente, e já havíamos alertado para isso num outro post publicado neste blog recentemente tratando da relação entre os recentes acontecimentos e a problemática demográfica européia.
    As primeiras evangelizações cristãs pelo mundo que acabaram por converter um grande número de pessoas deram-se à partir da verdade e da sublimidade contidas na Boa-Nova anunciada por Cristo. A força do evangelho foi tão grande que séculos depois, o cristianismo, apesar das inúmeras perseguições que se irrompiam, conseguiu converter um grande número de fiéis, especialmente após a liberdade de culto oferecida aos mesmos. O que se percebe hoje é uma forma de conquista religiosa totalmente avessa ao que se observou nos primórdios do cristianismo. De um lado, o contexto atual de declínio familiar contribui para o crescimento das famílias maometanas e no médio prazo, diante desta tendência se tornará a prevalecente no continente, por outro lado, de modo imediato, a guerra promovida, sem reação os tornará preponderantes em um intervalo de tempo menor ainda. 
   O fato em tela, demonstra os efeitos negativos promovidos pela renúncia dos países europeus em favorecer à Cultura da Vida. A invasão islâmica ao Ocidente se dá num momento crucial no qual se vislumbra o declínio da família ocidental, elemento este tão necessário para manter a paz naquela nação, ao menos no presente contexto.  As autoridades diante de tal afronta, não fazem mais que lamentar ante a situação que vem se tornando frequente naquela terra. A morte do Padre Hamel denuncia de  forma profética, mas silenciosa o caos promovido em grande parte pela cultura "politicamente correta" que hoje se vislumbra na sociedade Ocidental.
   Já não restam dúvidas que à continuar deste modo, não restará aos países da Europa senão curvarem-se diante do Islã, porém, não por meio da guerra apesar dos ataques cada vez mais recorrentes, nem sequer pela livre adesão à espontânea, como ocorrera nos primórdios do cristianismo, mas sua principal arma, trata-se justamente da omissão e negligência da sociedade ocidental em promover meios para a geração da vida em detrimento daqueles que  produzem a morte. Que Deus nos ajude a vencer essa guerra silenciosa pela família.

REFERÊNCIAS
1.http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/26/internacional/1469523416_957859.html
2.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Casa de padre Pró-Vida é pichada com palavras de Ordem em Niterói. Ou: As mazelas históricas do Comunismo

A verdadeira hipocrisia daqueles que acusam de "fascistas" os defensores da vida

Pe. José Eduardo alerta sobre
pichação com palavras de ordem 
em casa de Padre em Niterói-RJ

    Estamos realmente enfrentando uma luta verdadeira contra as forças do mal espalhadas pela terra [1]. Em menos de duas semanas após o atentando em Nice na França, recebemos a triste notícia de um sacerdote da cidade da Normandia brutalmente assassinado por extremistas islâmicos na onda de terror que este grupo vem disseminando por todo aquele continente. Por outro lado, já ficou bem claro em outra publicação aqui neste blog, que toda a problemática enfrentada pela França surgiu há muitos anos, quando fez sua opção pela chamada "Cultura da Morte", que só vem ganhando força graças à secularização lá praticada. Aqui no Brasil, os inimigos da Igreja seguem com força tentando persuadir as mentes mais incautas à aderir a esta cultura de desprezo à vida e à família promovendo pilar decadente que produziu os efeitos hoje enfrentados pelos europeus.
   Impressiona que os militantes da esquerda acusem os defensores da vida de "fascistas" sendo que os mesmos ao longo de sua história, ludibriados pela ilusão utópica encadeada por Karl Marx, foram responsáveis por tremendas atrocidades que massacraram no passado os mesmos grupos que hoje aderem de forma alienada à luta em prol da implantação deste sistema comprovadamente fracassado. O que dizer de tragédias como a de Homolodor na Ucrânia quando a ditadura comunista de Stalin na União Soviética provocou um verdadeiro genocídio comparável àqueles promovidos pelo nazismo em relação aos judeus [2]. 
   Não bastasse o gigantesco circo de horror promovido pelos ditadores comunistas nos locais onde sua propaganda mentirosa alcançou adeptos suficientes para disseminar esta loucura em determinado território, ainda promovem outros atos tão cruéis quanto os citados anteriormente ao militar em favor do assassínio indiscriminado de inocentes pelo falso pretexto de respeito aos "direitos" ou "saúde reprodutiva" das mães por meio do aborto. 
   O caso de desrespeito ao padre Anderson Batista, retrata vergonhosamente a força que uma mentira exerce sobre um grupo de pessoas. Este tipo de manifesto, apesar de alguns considerarem como "insignificante" poderá tornar-se mais frequente, e à medida que este movimento ganhe força e adeptos, maiores serão os riscos de atentados mais profundos contra a vida humana além daqueles que já são defendidos por estes grupos. Bem sabemos que estes que  "soldados vermelhos" estão sendo moldados aos poucos em nossas universidades cada vez mais fortalecidas pelo materialismo comunista. Que Deus nos ajude a vencer essa difícil batalha espiritual.

REFERÊNCIAS
1. Carta de São Paulo aos Efésios 6,12
2. http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/holodomor.htm