sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Vivendo os frutos do Ano Santo da Misericórdia I – O Sacramento da Confissão


Por que preciso me confessar a um padre? 


   Entre muitas das acusações dos protestantes à Igreja Católica, sobressaem aquelas que dizem respeito aos sacramentos instituídos pela Santa Igreja. Já tivemos a oportunidade de apresentar aqui neste blog os fundamentos teológicos para o batismo de crianças e os efeitos do mesmo, agora, passamos para o segundo tema da série tratando especificamente do sacramento da confissão ou penitência como é chamado. Explicaremos ainda a importância de se participar com frequência deste sacramento, bem como a necessidade do mesmo para a salvação, aproveitando o início do ano da misericórdia que prescreve este sacramento como forma de obter com eficácia a redução de nossas penas temporais através das indulgências plenárias. Segue abaixo uma argumentação protestante contra a confissão:

11ª heresia: Confissão Auricular
Refutação: 1Jo 1.9-10; 1Jo 2.1; O texto diz que se tivermos pecado, devemos confessar a Jesus Cristo.
Nota: Só Deus pode perdoar pecados (Mc2.7).

   Partindo da argumentação do protestante, pode-se observar de antemão que a mesma está incompleta. Quando este afirma que só Deus pode perdoar os pecados, não se está excluindo a autoridade de um padre legitimamente ordenado, nem sequer transgredindo o mandamento de Cristo, pois este mesmo autorizou os apóstolos a assim agirem quando disse: “a quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados, a quem não perdoardes, estes lhes serão retidos”[1]. Jesus deu autoridade aos apóstolos para que estes pudesse absolver os pecados de quem os acorresse, e considerando a sucessão apostólica, temos bases bem sólidas e fundamentadas sobre este sacramento. Nota-se ainda que o protestante ainda cai em uma contradição, pois quem cunhou a frase acima apresentada foram os Doutores da Lei que questionaram exatamente a autoridade de Cristo em perdoar os pecados.
   É importante lembrar que todos os católicos devem se confessar regularmente. O mandamento da Santa Igreja, preza para que isto seja feito ao menos uma vez por ano, no entanto, para qualquer pessoa que deseja ascender na vida espiritual com Deus, o sacramento da Confissão é indispensável. Neste ano Santo da misericórdia que se iniciou no dia 08/12/2015, estão abertas as portas da Santa Igreja para que os filhos pródigos retornem à casa do pai pelo reconhecimento de si mesmo e busca da misericórdia Divina através do Sacramento da Confissão.
   A confissão bem feita e com propósito de mudança de vida, gera inúmeros frutos que serão maiores quanto maior a frequência em que se aproxima este sacramento. Este, juntamente com a Eucaristia, proporcionam a perseverança do fiel no caminho da santidade e no seguimento das propostas feitas nos demais sacramentos (ordem, batismo, confirmação e matrimônio). Um homem casado por exemplo, ao se aproximar com maior veneração e frequência destes dois sacramentos passa a viver com mais santidade as promessas que fez quando da consagração de sua união matrimonial. Segue-se portanto, que o sacramento da confissão é muito importante na caminhada para a santidade, contudo, é muito triste perceber que a pobreza teológica das seitas protestantes não os permitem ver essa maravilha.
   É bom lembrar ainda que a confissão absolve os pecados mortais, ou seja, aqueles que levam à inimizade com Deus, ou nas palavras do apóstolo, aqueles que nos levam à morte [2] por terem sido feitos com liberdade e plena consciência do erro, ou seja, quando se pecou intencionalmente, porém, é importante ter sempre em mente a nossa grande miséria para reconhecermos os nossos erros e confessar-nos com regularidade. 
  Que Deus nos ajude a viver plenamente esse ano da misericórdia confessando-nos bem e nos preparando para as indulgências advindas do Ano Santo. São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes e confessores, rogai por nós.

REFERÊNCIAS
1. João 20,23
2. 1 João 5,16-17

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