Conheça o pensamento de Santa Teresa de Calcutá a respeito do aborto
No domingo, 04
de agosto, a Igreja declarou a santidade de Madre Teresa de Calcutá. Reconhecida
no mundo inteiro pelo trabalho desenvolvido em atenção aos mais pobres, especialmente
na Índia. Madre Teresa, ou melhor, Santa Teresa de Calcutá, ao que poucos
sabem, também foi uma das mais proeminentes defensoras da vida no terceiro
mundo, declarando-se inúmeras vezes contra o aborto, controle da natalidade e
contracepção, sendo por isso, duramente criticada e perseguida.
O contexto
presente na Índia à época em que Santa Teresa da Calcutá desenvolvia seu
trabalho em auxílio aos pobres e doentes, ajudam a compreender melhor a sua
luta em favor da vida. Desde a década de 1950, o país foi alvo de debates entre
os demógrafos mundiais, especialmente quando em 1952, fundou-se o Conselho
Populacional em Williamsburg, Estado de Nova York, tendo entre seus mentores
John Rockefeller III, neto do magnata americano do petróleo, que passou a
investir pesadamente em pesquisas e métodos para o controle populacional,
dentre eles, o aborto.
Em 1950, a
Índia possuía a segunda maior população do mundo (371.857) segundo a ONU,
perdendo apenas para a China (550.771). Esta constatação chamou a atenção do
Conselho Populacional, que passou a tratar do fato com um problema que colocava
em cheque a segurança mundial. Entre 1959 e 1968, o Conselho Populacional
começa a investir pesadamente no controle de natalidade por meio da
esterilização e desenvolvimento de métodos contraceptivos. É nesta época que se
implantam na Índia, fábricas de Dispositivos Intra-uterinos (DIU). Neste
ínterim, mais especificamente no ano de 1966, a Fundação Rockfeller, passa a
pressionar países de terceiro mundo para que estes assinassem uma declaração reconhecendo
o crescimento populacional como um problema grave, a fim de que a ONU também
pudesse ver o fato como uma ameaça e se unisse aos interesses das Fundações
Ford e Rockefeller. A Índia foi uma das signatárias da declaração.
Em 1971, 8
anos antes de Santa Teresa de Calcutá receber o prêmio Nobel da Paz, o aborto é
legalizado na Índia. Ao contrário dos governos e fundações, que imaginavam ser
o crescimento populacional a pior ameaça para a humanidade, Madre Teresa
considerava o aborto como uma desgraça tão grande que poderia ser tratada como
um fator de destruição total do homem mais que qualquer doença ou privação
material, senão vejamos uma de suas mais celebres frases sobre o assunto:
“Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos de AIDS, mas matar crianças inocentes não nos assusta. O aborto é pior do que a fome, pior do que a guerra.”
No ano de 1974,
em pleno ápice do desenvolvimento de pesquisas demográficas e de controle
populacional, quando se funda o IPAS, uma instituição privada internacional com
sede na Carolina do Norte, cujo principal objetivo é a difusão do aborto
clandestino nos países em desenvolvimento, surge um documento denominado
relatório Kissinger, que passa a considerar o controle populacional no terceiro
mundo, como um fator imprescindível para a segurança dos Estados Unidos. Para Santa Teresa de Calcutá, ao contrário
dos demógrafos, o aborto é a principal ameaça à paz na humanidade:
“Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto de um inocente – um assassinato pela própria mãe. E se nós aceitarmos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?”
Mesmo diante
de uma realidade difícil na Índia, com um grande número de crianças
abandonadas, Santa Teresa ousou lutar contra a mentalidade então subjacente que
começava a mostrar-se em seu tempo, quando emergem opiniões no sentido de que o
problema da pobreza deveria ser tratado entre outras formas por meio da
contracepção e controle sobre a natalidade. Vejamos o que Teresa de Calcutá
respondeu a Malcom Muggeridge, jornalista britânico, quando a questionou sobre
o que ela pensava a respeito de pessoas que argumentavam haver muitas crianças
na Índia
“Eu não concordo, porque Deus sempre providencia. Ele provê as flores e os pássaros, para tudo no mundo que ele criou. E essas crianças são a sua vida. Não pode nunca ser o bastante.”
Diante de
afirmações tão claramente expostas, podemos com certeza concluir que a luta
pela vida é importantíssima, e Santa Teresa de Calcutá, melhor que qualquer um
de seu tempo, reconhecia que os problemas da pobreza e das doenças no mundo não
devem ser tratadas pela morte de um inocente. A vida deve ser defendida em
qualquer circunstância, e por isso, louvamos hoje a Deus por ter nos dado a
graça de termos mais uma intercessora dos defensores da vida junto ao Pai do
céu, rogando por este trabalho que foi considerado pelo Santo João Paulo II, o
mesmo que beatificou Madre Teresa, como o mais importante da terra. Santa
Teresa de Calcutá, rogai pelos defensores da Vida.
2.Texto Cronologia da Cultura da
Morte
4.http://pt.churchpop.com/6-frases-de-madre-teresa-de-calcuta-sobre-aborto/
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