domingo, 16 de outubro de 2016

Qual o interesse da ONU em promover o “Dia Internacional do Aborto Seguro”?

As ações da ONU refletem os interesses construídos internamente durante os últimos 60 anos


   As recentes pressões por parte da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os países membros, no que condiz à legalização do aborto tem se dado de forma cada vez mais recorrente e descarada. A verdadeira guerra ideológica levada a termo pela organização mundial e suas subsidiárias contra as nações que ainda não legalizaram o aborto, só pode ser compreendida à luz do aparelhamento institucional que penetrou suas entranhas nos últimos 60 anos, a qual já alcançou o seu ponto nevrálgico.
   Embora o objetivo principal da ONU seja em teoria, a cooperação para o desenvolvimento econômico e a promoção dos Direitos Humanos nos países membros, o que se tem percebido recentemente é o desvio destes objetivos a fim de se promover os interesses de grupos econômicos organizados. Entre os anos 1960 e 1970, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que já trabalhava com recursos públicos em projetos para a redução da taxa de natalidade nos países em desenvolvimento, incluindo a esterilização e o aborto, deu um grande impulso financeiro para a constituição do Fundo para Atividades Populacionais das Nações Unidas (UNFPA).
   Em 1994, a Conferência de População no Cairo, foi invadida por diversas ONGs internacionais que já contavam com recursos milionários da Fundação Ford. Esta por sua vez, lançara na década de 1990 um relatório intitulado “Saúde Reprodutiva, uma estratégia para os anos 1990” que construiu as diretrizes a serem perseguidas pelo conjunto de ONGs sustentadas pela Fundação, e por conseqüência disso, surge pela primeira vez uma ação a nível mundial para garantir os chamados “Direitos Reprodutivos” dentro dos direitos humanos. Direitos Reprodutivos, em resumo, significa garantir que as mulheres possam ter a liberdade de escolher quantos filhos ter, e portanto, o Estado deve disponibilizar à sua população o acesso a à contracepção, esterilização e o aborto.
   Em 1996, foi realizada na Ilha de Glen Cove, uma conferência a portas fechadas contando com a presença de diversas ONGs feministas financiadas pelas fundações e representantes da ONU, a fim de que se pudesse promover uma nova interpretação dos tratados internacionais entre os países membros da ONU, fazendo com que o aborto fosse reconhecido como um direito fundamental baseado no Direito à Vida, uma vez que as mulheres que recorrem ao aborto clandestino tem grandes probabilidades de virem a óbito, tendo em vista a falta de estrutura destas clínicas. Desta forma, definiram como ponto inicial da estratégia, acusar os países que ainda não aprovaram o aborto de violar os Direitos Humanos [2]. É a partir deste entendimento que surge o conceito de “aborto seguro”.
   Mais recentemente, em 2014, o Vaticano foi acusado através de um relatório da ONU de torturar as mulheres através de seus ensinamentos sobre o aborto, e de violar tratados internacionais de direitos humanos por sua posição [3]. O relatório ainda foi incrementado com a acusação de que a Igreja estaria sendo negligente nos casos de punição e investigação da pedofilia, num flagrante de total contradição, do qual emerge o seguinte questionamento: como pode uma organização manifestar sua preocupação com as crianças que sofrem abusos sexuais, se não é capaz de defender o direito fundamental à vida destas. Com isso, ficou claramente demonstrada a propaganda ideológica por meio destas acusações à Igreja.
   Agora mais uma vez insurge uma verdadeira imposição da ONU, contrariando até mesmo a soberania popular de alguns dos países-membros, cuja população é majoritariamente contrária ao aborto. Sabe-se muito bem qual a sua estratégia ao instituir uma data para a promoção do aborto seguro. Trata-se na verdade, de mais um meio ardilosamente desenvolvido para se sobrepor às nações, e fazer estas “engolirem” aos poucos a mentira de que aborto é um direito humano, contrariando até mesmo os seus próprios tratados que reconhecem o direito à vida como inviolável e dever a ser garantido pelo Estado.
   Por tudo o que ficou exposto neste artigo, percebe-se que o aparelhamento do ONU a partir de ONGs financiadas com recursos milionários das fundações internacionais e da ingerência de determinados membros, não conduz ao bem comum dos países participantes e sim uma imposição de grupos poderosos que já se instalaram no alto escalão da mesma e tentarão fazer cair por terra direitos básicos e invioláveis, a fim de se promover os interesses particulares.
   Nós como Católicos e defensores da vida humana não podemos ficar quietos ante a tamanha afronta e desrespeito à soberania nacional. Devemos estudar e ficar atentos às manobras políticas internacionais que irrompem contra a vida e a família. Através da Citizengo, foram coletadas inúmeras assinaturas enviadas ao Secretário Geral da ONU para que esta afronta fosse cancelada. Com isto, vemos claramente a importância de estarmos atentos e unidos em oração e estudos. Este grupo precisa crescer, e você que costuma ler as nossas postagens procure se informar e transmitir essas informações no seu grupo paroquial e catequese, pois este é o único meio de vencermos esta grande batalha pela vida.

REFERÊNCIAS
1.http://www.thenewatlantis.com/publications/the-population-control-holocaust
2.http://acordaterradesantacruz.com.br/wp-content/uploads/2013/03/02-AssaltoEDestrui%C3%A7%C3%A3o.pdf

3.http://cleofas.com.br/onu-acusa-a-igreja-de-torturar-as-mulheres-com-seu-ensinamento-sobre-o-aborto/