terça-feira, 8 de novembro de 2016

Caminhos para superar a doutrinação vilipendiosa no Brasil. Ou:o amordaçamento velado da evangelização

O que é mais predominante no Brasil, a intolerância dos que creêm ou dos que não crêem?


   Como já era esperado, mais uma vez o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aborda um tema bastante controverso na temática da prova de redação. Ano passado, tendo em vista a grande batalha em torno da supressão das terminologias "Gênero" e "Orientação Sexual" dos planos estaduais e municipais de educação que ganharam enorme repercussão no cenário nacional, abordou-se a chamada Teoria de Gênero em uma das questões, algo que já havíamos alertado aqui mesmo neste blog. Neste ano, a proposta da prova foi mais além ao trabalhar o tema: caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Bastou a divulgação do tema para que os ditos "especialistas" pudessem trabalha-lo sob a forma anti-católica, tratando a Igreja como epicentro das manifestações intolerantes ao longo de sua história. Isto apenas demonstra o caráter parcial ao qual aos alunos são induzidos muitas vezes ao trabalharem temas como este. Veja-se por exemplo o teor das redações simuladas sobre o assunto e sua visão a respeito dos cristãos [1].
   Antes de tudo, vamos às estatísticas para se analisar a relevância do tema. Segundo algumas informações, o número de denúncias relacionadas a intolerância religiosa no Brasil cresceu 3706% entre 2011 e 2015, saindo de 15 para 556 casos no período [2]. Considerando que a população brasileira em 2015 era de 204.450.649 habitantes, isso nos oferece um percentual de 0,000271948% da população, ou seja, cerca de 2 casos a cada 1 milhão de habitantes, isso sem levar em conta ainda a qualidade das denúncias, que vão definir se realmente se tratam de casos efetivos de intolerância religiosa. Ainda deve-se ter em mente que não se tem notícias de casos crônicos de intolerância como ocorrem hoje na Europa, que devido à transição cultural, enfrenta um estado de alerta máximo, onde realmente deve-se discutir o problema. Diante destes números resta apenas a pergunta: seria este um tema tão relevante a ponto de dispensar outros que poderiam dar a temática da prova?
   Não vamos negar que existe de fato o problema da intolerância no Brasil, mas esta geralmente não parte das pessoas ditas "religiosas" contra outras crenças, mas sim daqueles que não tem religião e pretendem desacreditar e escarnecer os que crêem. Quantos alunos não sofrem calados as afrontas diretas vindas de seus professores, que diante de tamanha opressão acabam abandonando a sua fé? Estudos recentes demonstram inclusive que o número de jovens que deixam sua fé ao sair da Universidade é bastante relevante [3]. Se for elaborada uma pesquisa com alunos de escolas diversas a respeito do vilipêndio que sofrem nas mesmas, veremos sem dúvida que o número é mais relevante, contudo, trata-se de um sofrimento silenciado muitas vezes pela ameaça velada promovida pelo próprio docente.
   Há que se discutir antes de se formular temas como este, o conceito objetivo de intolerância religiosa, haja vista que em muitos casos o simples debate ou evangelização é tratada como uma forma de intolerância. Se isso realmente for tratado como desrespeito e crime (o que realmente nos leva a crer que sim), então definitivamente chegamos a um estado de total amordaçamento da evangelização, algo então tratado como importante para o crescimento espiritual e intelectual ao longo da história, especialmente nos primeiros séculos da nossa era, agora condenável. Isso seria uma verdadeira tentativa de amordaçamento equiparada ao PLC 122/2006, que pretendia criminalizar a evangelização e a liberdade religiosa ao tratar do homossexualismo. Diante de tanta afronta aos princípios cristãos e sua impunidade, mais relevante seria trabalhar o tema: caminhos para superar a doutrinação vilipendiosa no Brasil, que não apresenta nenhum número nem pesquisa, mas se torna obscuro pelo silêncio de estudantes e universitários cristãos que vêem sua fé destruída cada dia mais dentro do meio educacional, restando a estes muitas vezes esconder a sua fé para não sofrer represálias em sala de aula, porém, quanto a este caso sabemos que para os chamados "intelectuais" é preferível tergiversar.

REFERÊNCIAS
1.http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/lista/intolerancia-religiosa-regra-ou-excecao-no-brasil.jhtm
2.http://veja.abril.com.br/educacao/tema-do-enem-intolerancia-religiosa-cresceu-3-706-em-5-anos/
3.http://www.voltemosadireita.com.br/os-cristaos-e-universidade/

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